TÍTULO CONTRA O PRECONCEITO



Reprodução: esporte.ig.com.br


Nesta segunda-feira (5), o Sesi Vôlei Bauru conquistou o título de campeão  Paulista de Vôlei Feminino. A vitória aconteceu no Ginásio Panela de Pressão por 3 sets a 2, (25/21, 15/25, 21/25, 28/26 e 15/12), em mais de duas horas de jogo.

 A equipe venceu pela primeira vez o torneio, de maneira invicta, ao quebrar a hegemonia do Osasco, que havia vencido as últimas seis edições da competição. Não faltou emoção no segundo jogo da final. O Osasco lutou demais, mas não resistiu ao poder ofensivo de Bauru, que soube reagir no quarto set e venceu no tie-break.


Reprodução: olimpiadas todo dia

O detalhe é que nessa partida, Tifanny, jogadora do Bauru se tornou a primeira jogadora trans a conquistar um título nacional, o que trará de volta a discussão sobre sua liberação para atuar no vôlei feminino.

Tifanny, concluiu a transição de gênero em 2012 e foi liberada para jogar em 2017, pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), Federação Internacional de Vôlei (FIVB) e Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). A jogadora foi dona da melhor média de pontos da Superliga da temporada passada, que terminou com o Praia Clube como campeão. Por seu destaque no time paulista, chegou até a ser discutida uma possível convocação para a seleção brasileira, algo que não aconteceu.

O que as atletas e até alguns empresários gostariam é que um estudo profundo fosse feito para avaliar quanto tempo demoraria até que um corpo que cresceu com testosterona se igualasse fisicamente ao de uma mulher. Atualmente, o COI exige que uma atleta fique dois anos nesse processo de transição, o que as jogadoras consideram insuficientes. A entidade ainda pede que uma atleta tenha menos de 10 nanomol de testosterona por litro de sangue. Tiffany, testada constantemente, tem 0,2 nanomol/l.

Apesar do incômodo com o que tem acontecido em quadra, as jogadoras ressaltaram que há uma preocupação com Tifanny em relação a tudo o que ela passou para chegar até este momento na carreira. Elas dizem que não querem vê-la longe das quadras. Todas afirmam não ter qualquer problema com a pessoa Tifanny e sua identidade de gênero.

 Por: Jeferson Bispo


Compartilhar Google Plus

Autor Jeferson Bispo

    Blogger Comentario
    Facebook Comentario

0 comentários:

Postar um comentário

Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial

Mais visitadas