Jeferson Gomes, policial atuante na área à 11 anos dá dicas de
como se comportar em caso de uma abordagem
Policiais militares (PMBA) em operação no trânsito. – Foto: Gov/BA |
Abordagens policiais são
algo comum na vida de muitos brasileiros, principalmente nas cidades grandes,
mais comum ainda quando se trata das comunidades periféricas. No entanto, há
uma parcela de pessoas que sequer tenham sido abordadas, ou não obstante, já
ter passado por algum tipo de abordagem e desconhecer as demais. Nesse sentido
é comum também o cidadão ter medo de uma abordagem violenta, mesmo por falta de
conhecimento dos métodos de abordagem ou histórico de abusos por parte da
polícia.
Pesquisas apontam que 8 em
cada 10 brasileiros assumem ter medo de ser torturados pela polícia. A senhora
Ana Cláudia, Auxiliar de Segurança do Trabalho, conta que nunca sofreu uma
abordagem policial, porém já observou diversas abordagens com outras pessoas e
teme ser alvo de uma abordagem ríspida pela polícia. A mesma contou ainda que
sua irmã após presenciar uma abordagem violenta da polícia “ficou traumatizada
e morre de medo de ser abordada”, por fim observa ainda, que as abordagem são
mais severas quando há o estereótipo por cor da pele.
Para tranquilizar o
cidadão a respeito da abordagem, o Los Kuatro teve acesso ao Manual Básico de
Abordagem Policial da PMBA, com o intuito de explicar para que e como são
executada as abordagens e promove uma cartilha com quatro principais tipos de
abordagens policial, contando ainda com a participação do policial militar, o
Sr. Jeferson Gomes que dará dicas de como o cidadão possa proceder da melhor
forma.
Abordagens de Trânsito:
A abordagem a veículo pode
ser motorizada ou a pé, dependendo do nível da abordagem será realizado a busca
e/ou a identificação veicular, nesse caso, pode ocorrer a abordagem quando
acionado pela Central de Operações da polícia, controle e/ou Fiscalização de
Trânsito, em caso de suspeição ou quando usado na prática de crime.
Vários motivos podem levar
a suspeição do veículo, em casos mais comuns pode ser o deslocamento do veículo
em baixa velocidade próximo a estabelecimento comercial, a circulação à noite
com as luzes apagada ou até mesmo condutores que alteram o seu comportamento
com a aproximação da viatura ou ao avistá-lo.
As etapas de abordagem de
trânsito são de acompanhamento, bloqueio, cerco e interceptação podem ser
utilizado a Sirene, Giroflex e Megafone, em caso de solicitação de saída do
veículo o condutor deverá desligar o veículo colocar a chave no teto e sair com
as mãos sobre a cabeça, os demais ocupantes deverão sair com as mãos sobre a
cabeça, um por vez, deslocando para o local determinado, deixando todas as
portas abertas. Também poderá ser feita a verificação do veículo a abertura do
porta malas e a verificação do capo. Em caso de motocicleta, o condutor deve
desligar automóvel, não retirar e colocar as mão por cima do capacete.
O
policial Jeferson enfatiza a importância do cidadão nesse tipo de abordagem,
não retornar com o veículo e nem acelera-lo, seguindo sempre o comando do
policial para fazer a parada.
Abordagem em coletivos:
A abordagem em veículos de
transporte coletivo são feitas devido as ocorrências atos ilícitos praticados
em ônibus coletivo, dessa maneira, para uma efetiva busca a abordagem será
feita por no mínimo 04 policias, que estarão divididos e posicionados devidamente.
O condutor do coletivo
deverá abrir a porta da frente, desligar o veículo e manter as demais portas
fechadas. Em ato contínuo, a polícia determinará que todos os homens
desembarquem com seus pertences e coloquem as mãos acima da cabeça na lateral
do ônibus, após a descida, um policial entrará no veículo para certificação se
há presença de mais alguém do sexo masculino, os demais passageiros (mulheres,
crianças e idosos), ficarão com a mão no corrimão do banco da frente.
A busca será realizada um
de cada vez, após a mesma, entrará dois policiais, um posicionado ao fundo do
ônibus o outro fará uma varredura visual e, em seguida, começará a revistar os
pertences das passageiras, uma a uma, do fundo para a frente, solicitando,
inclusive, que se levantem e saiam do assento, para verificar o local.
Neste caso o Sr. Jeferson
orienta que o cidadão siga as orientações como solicitado e jamais mude de
posição ou faça a intenção de pegar algum objeto pessoal, a não ser sob a
orientação policial.
Abordagem dentro das
comunidades:
Para este caso pode ser
utilizado o método de abordagem em edificações, no entanto a mais comum é a
abordagem a pé da polícia, com a aproximação de dois ou mais policiais, pode
ocorrer quando acionado pela Central de Operações da polícia, para controle de
acesso a locais específicos, em caso de suspeição e quando na prática de crime.
Nesse caso o abordado será
levado ao lado de uma edificação onde deverá pôr as mãos acima da cabeça sob a
edificação, onde será feito a busca por um policial e o outro ficará na
retaguarda. Em caso de vários indivíduos os mesmos serão conduzidos ao lado da
edificação onde será abordado um de cada vez e depois liberado.
Este tipo abordagem
demanda um atenção especial, o Sr. Jeferson comenta que siga as orientações
conforme solicitado e jamais faça intenção em correr, voltar ou até mesmo se
esconder em algum lugar.
Abordagem em edificações:
A abordagem em edificações
consiste progressão e domínio de uma área edificada de qualquer tipo de
construção, que tenha como finalidade atender ao interesse do homem: edifício,
prédio, casa, barraco, ruínas ou construções inacabadas.
Será solicitado ao morador
ou quem se encontrar no local, informações relacionadas a ocorrência. Nesse
tipo de abordagem o policial deve evitar ao máximo danificar objetos, móveis e
outros pertences de forma desnecessária.
O Sr. Jeferson
orienta que ao ser verificado que trata-se de um a abordagem policial é ideal a
cooperação do indivíduo, sendo assim, se solicitado que seja aberto a porta o
mesmo deve ser feito.
Postado por: Andrei Campos e Émilly Araujo
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